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Ação dos campos magnéticos na ortopedia

Autor: Dr. Lafayette de Azevedo Lage Na próxima década, é seguro prever, que a bioeletromagnética assumirá uma importância terapêutica igual ou maior do que a farmacologia e a cirurgia hoje. Assim como no cérebro e nos músculos do coração, as articulações, quando em movimento, produzem um campo elétrico biológico. Estes campos enviam sinais que estimulam as células das cartilagens (condrócitos) a produzir os materiais adequados para a sua constante renovação Este campo, portanto, contribui para a capacidade de auto regeneração das cartilagens, ossos e dos tecidos conjuntivos.





A articulação atingida por artrose, inflamação das articulações (artrite) ou por trauma é afetada, ficando com a movimentação comprometida alterando o campo magnético normal. Os sinais elétricos vão se atenuando com o passar do tempo, num ciclo vicioso, causando a falta de reposição dos materiais que formam as cartilagens.


O médico reumatologista e físico Richard Markoll estudou o efeito de ondas elétricas pulsáteis nas articulações dos pacientes com artrite e artrose no ambulatório de reumatologia da Universidade de Yale nos EUA entre 1973 e 1995 publicando os primeiros trabalhos científicos duplo cegos no Journal of Rheumatology em 1994 e 1995 provando a eficácia destes campos dos equipamentos PST ( Pulsed Signal Therapy) os quais mimetizam os campos elétricos do corpo sadio, atuando na reconstrução do campo elétrico biológico. Os pulsos PST reativam o processo inato e biológico de reparo dos tecidos afetados, interrompendo o ciclo vicioso da perda de cartilagem. Essa terapia tem a grande vantagem de ser não invasiva não havendo risco de infecção.


Não há nenhuma incisão ou penetração no corpo, nem administração de substâncias químicas. O equipamento PST enviará à articulação afetada campos eletromagnéticos pulsáteis de baixa intensidade e frequência variável, que estimularão a reconstrução do seu campo elétrico fisiológico, estimulando a reativação do processo de regeneração dos tecidos afetados.


A terapia PST é indolor. Alguns pacientes podem sentir uma sensação de formigamento e/ou aquecimento na região que está sendo tratada, assim como experimentar um aumento temporário da dor durante o tratamento. Isto é considerado um sinal positivo, devido à resposta do organismo à estimulação da PST. Muitos pacientes, entretanto, podem sentir a redução da dor e melhoria na mobilidade e funcionalidade da região tratada já durante a aplicação da terapia.


O campo magnético gerado pelo equipamento tem intensidade muito baixa, equivalente a apenas um milésimo de uma Ressonância Magnética. Graças a esse campo de padrão biológico, que imita os impulsos gerados pelo organismo sadio, não existem efeitos colaterais. Até a presente data não são conhecidos quaisquer efeitos colaterais adversos.


Estatisticamente, em mais de 70% dos casos, a PST proporciona progressos sensíveis, não só na reabilitação dos movimentos das articulações como também na atenuação ou desaparecimento das dores. Verifica-se que, além da melhora nos aspectos clínicos (redução na intensidade da dor, na frequência da dor e aumento na mobilidade articular), a PST proporciona a melhoria da qualidade dos tecidos conjuntivos existentes, retardando o processo degenerativo e, portanto, propiciando melhor qualidade de vida.


Autor: Dr. Lafayette de Azevedo Lage - Ortopedista especializado em artroscopia, cirurgia do quadril, joelho e medicina desportiva. Site: www.clinicalage.com.br ou www.drlafayettelage.com.br - Instagram @drlafayettelage - YouTube Dr. Lafayette Lage Reprodução: Jornal da Zona Leste Edição 1247. SÃO PAULO, 29 de Janeiro de 2022.
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